sábado, 9 de setembro de 2017

DEZ PERGUNTAS A... WAGNER MARTINS

 Entrevista conduzida por Adriana Mayrinck
 

 1 – Em sua biografia você conta que um professor te apresentou aos versos na aula, e que esse encantamento te faz até hoje correr atrás dos livros.
Conte-nos um pouco dessa história.

Foi em mais uma aula da língua portuguesa, tinha tudo para ser entediante, até que o professor da tal matéria abriu o livro didático, e leu uns versos que não me lembro como eram, me encantei com aquelas frases rimadas, então descobri que era poesia, isso foi o impulso que me levou aos livros.

 2 – Adorar poesia e ser poeta tem uma grande diferença.
Como se deu essa descoberta como Poeta ?

Sempre tive apreço pelas letras das músicas, ou poesias musicadas, e geralmente elas nos trazem mensagens, e eu como ser humano que se preocupa com o outro, desejei me comunicar com o outro ser, e me comunicar é também escrever poesias, nessa forma me fiz poeta.

3- Quem são os poetas que mais te influenciam, e o que cada um tem de particular para tocar a sua alma?

Eu amo com muita força a poetisa Cora Coralina, ela se eternizou como uma brava mulher em seus versos, além de estar à frente do seu tempo, e crescer, viver, e lidar todo o tempo com o fardo das pedras, ela com sua bravura se inspirava na dureza daquela situação para fazer doces, belas poesias, nos fazendo esquecer as nossas dores, e delirar com as emoções de Cora.

4- Wagner, nos seu verso “faça dos empecilhos que você enfrenta os maiores incentivos”, é uma a mensagem e também uma tradução da sua luta diária. Como você adapta a criação poética, as dificuldades de mobilidade?

Sim, pois todas as dificuldades, por mais desafiantes que sejam, somos nós que damos a elas as suas importâncias, creio que depende muito do ângulo que as vemos, e como lidamos que definirão as suas existências na nossa vida.

5- É você quem digita seus poemas, e mantém atualizado o blog, ou sua mãe, Maria Aciatuã, além de ser sua voz, braços e pernas nos saraus e apresentações, também te ajuda na criação?

Essa pergunta, creio que paira bastante nas cucas daqueles que já tiveram contato comigo pessoalmente, e desde já digo que sim, sou eu que digito, e atualizo o meu blog, (por isso que está uma bagunça!)

6 – Sua mãe foi a financiadora do seu livro e é a maior incentivadora da sua vida como autor. Como foi essa trajetória até chegar a publicar  Versos da Bela Vida?

Tentarei resumir a resposta, logo que comecei a escrever criei um blog para manter o meu trabalho ali, e sempre uso as redes sociais para divulgar esses textos, assim que terminava de escrever, mostrava a minha mãe, e ela gostava muito, elogiava bastante os meus feitos, ficava feliz vendo seus olhos brilharem de alegria, e eu fazia o mesmo com a diretora da escola que estudava, essa também ficou fascinada pelas minhas produções, e desde então iniciou a persuasão de sua pessoa para publicar um e-book de poesias que já estava posto no blog. No começo eu a ignorei, já que devido a minha condição social não achava nada que me impulsionasse a tal ato, mas a doce insistência dessa mulher, que acreditou em mim, me fez sonhar também o sonho dela!
Minha mãe conseguiu juntar dinheiro, já que não tivemos nenhum apoio financeiro, procurei uma editora, e no ano de 2014 publiquei na primeira remessa 50, depois 100 exemplares.

7 – Conte-nos um pouco do livro, como foi a elaboração e escolha dos poemas?

O livro contém poemas muitos esperançosos, celebrantes, mensagens de autoestima...
Escrevi-o durante muitas madrugadas, o meu intuito foi atingir positivamente a mim, e consequentemente aos seus leitores.

8 -Pelo que percebi, você também faz um trabalho social intenso, e levando incentivo aos jovens. Qual a temática do seu livro e a mensagem de suas palestras?

Imagino que todo aquele que se mete a escrever para o público, tem que estar perto desse, eu não acho adequado essa palavra PALESTRA, pois o que faço quando tenho essa chance é ir fofocar, contar a minha história mesmo, incentivo o questionamento sobre o que contei, e respondo.
A temática que acha nesse livro é uma PALAVRA AMIGA.

9 – Como é a sua rotina de palestrante, autor e divulgador do seu próprio trabalho? Tem uma hora certa para se inspirar e escrever?

Naturalmente, quando me convidam para os saraus, palestras, e eventos literários geralmente, se der para eu ir, ou me buscarem em minha casa eu aceito.
Sobre o ato de escrever, eu leio muito, assim imagino, e o resto deixo fluir, têm dias que uso a inspiração, e outros dias eu a forço!

10– Quem é Wagner Martins na frente do espelho?  Como você se define?


O ser humano que pensa, que surpreende a muitos que julga pela aparência, um mensageiro de si, um menino sonhando, e realizando seu sonho, se divertindo a brincar de ser poeta com os leitores, e ouvintes.

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