domingo, 15 de outubro de 2017

ADRIANA FALA DE... CABEÇA DE ANTÍGONA

"Humilhação, exclusão e exílio matam. Sentir-se ferida na sua honra mata. Sentir-se duramente injustiçada, envergonhada - mata. É procurar em vão o direito perdido de viver no próprio corpo politico, o usurpado. Aos poucos eu vejo uma luz ainda que turva, ela vem do fundo do meu poço. Vou tateando aqui e ali num passo lunar de cada vez. Um slow motion de sensações redescobertas, como quem volta de um longo coma induzido. Este livro é uma celebração à vida depois da morte."
Patrícia Porto in Cabeça de Antígona

Patrícia Porto, é uma das autoras e sem duvida, ser humano  que admiro e tenho imenso carinho não só pela genialidade em que faz uso das palavras, em uma dança cadenciada, criativa, única e sempre com pinceladas de sarcasmo, ironia, rebeldia, dor, entusiasmo, coragem, humor e possui a habilidade extraordinária de estar em cada texto de forma tão iternsa e particular, que leva o leitor para viagens tão profundas, que sempre regressa transformado de alguma maneira, seja em uma forma diferenciada de olhar o mundo ou de perceber-se a si mesmo. Patícia tem esse dom, de transformar e envolver seja na escrita ou na palavra dita, o universo daqueles que gravitam ao seu redor, como leitores e ou amigos.

Não pude deixar de registrar e divulgar mais esse momento enriquecedor para nós , leitores e fãs, com o Lançamento em 18 de outubro em Niteroi, Rio de Janeiro de mais uma preciosidade que preenche a alma e nos faz despertar para um outro mundo.

Transcrevo as palavras da Editora Reformatório que sintetisa, em poucas palavras e com maestria essa obra de arte que está por vir:

"Cabeça de Antígona", de Patricia Porto que, segundo Délcio Teobaldo na apresentação do livro, "possui o manejo, tem as mãos adestradas ao ofício, mas chuta as panelas, rasga a nesga da saia a navalha, aumenta a chama a ponto de incendeio, erra a pitada do tempero. Por isso, quando me pediu que escrevesse uma orelha para este livro, reagi com ironia: “Ora, ora, Patrícia... Não te farei apenas a orelha. Te faço escuta”. Sonora escuta, porque os poemas de “Cabeça de Antígona” como, aliás, toda a poética de Patrícia Porto é de uma musicalidade que beira ao absurdo. Provoca desvario. Então, não se surpreendam que, cabocla e maliciosamente, sua Antígona se assemelhe a uma ribeirinha ancuda terçando um coco, um tambor de Mina, um samba de roda. Assim ela põe Antígona e Ogum no mesmo terreiro, e no ritmo alucinante da música! (leiam Patrícia Porto em voz alta, por favor!) "



DRIKKA INQUIT

1 comentário:

Toca a falar disso