quinta-feira, 19 de outubro de 2017

FALA AÍ BRASIL... ADRIANA MAYRINCK

Não fazer nada em alguns momentos é a melhor postura a se tomar. Não fazer nada e apenas observar. O vento bailar. O tempo passar. A vida conduzir.

E a partir daí tudo começa a se renovar, acontecer, e pessoas se encontram e te convidam a seguir por novos caminhos, onde as ideias anteriores perdem força e tantas outras mais autênticas e até mais viáveis ganham forma. E nesse instante, reformulamos situações acomodadas que se incrustam em nosso cotidiano e principalmente em nosso espaço virtual, em que nos convidam e excluem a seu bel prazer, vamos ignorando, aceitando, e um dia, em que não fazemos nada, elas começam a incomodar e percebemos que a vida reivindica uma tomada de postura.

Não fiz nada para mudar minha postura profissional que, há mais de 27 anos, vou lapidando, sem mudar a essência. Transparência, profissionalismo, habilidade e competência foram as palavras gravadas e repetidas na busca da satisfação e realização a cada trabalho, nesses tantos anos de trocas, vivências e aprendizado.

E aprendi que devemos sempre estar atentos a mudança de ventos e humores, principalmente quando se trata de um ambiente em que a vaidade, o ego e a necessidade em se fazer destacar é quase uma conduta implícita seguida por muitos que, particularmente, discordo, mas sigo respeitando o direito de cada um ser o que é, e que na maior parte das vezes assisto as respostas da vida que, com coerência e justiça, vai colocando os pingos nos is e cada um em seu devido lugar.

Não fazer nada, em determinadas situações, embora pareça retirada de campo, é apenas mudança estratégica para firmar posicionamentos e expandir a capacidade de resiliência, e não compactuar com o que se torna incômodo e insensato.

Aprendi a pedir "permissão" com contrato assinado, quando o projeto de terceiros me dá oportunidade de produzir, divulgar e conduzir. E diante da gentileza dos que prestigiam, apoiam, se envolvem, participam, na maioria das vezes os resultados superam as expectativas. E se por um lado me engrandece, por outro, percebo nas entrelinhas a insegurança de uns e outros em perder espaços e adeptos para a concorrência irreal e inexistente, como fantasma criado que persegue e assombra.

Mas, que eu saiba, o sol está aí e brilha para todos. E quando a chuva cai, também não poupa ninguém. E diante disso só os incompetentes, dissimulados, interesseiros, podem até sentir-se inseguros com a grama do vizinho que acham ser mais verde, e nem por isso, deixam de circular por aí e angariar novos adeptos, desavisados e ingênuos. E como disse, todos têm o direito de fazer e ser o que quiserem, e a vida vai dizendo quem sim e quem não.

Eu apenas observo, deixo o vento bailar, o tempo passar, a vida conduzir e... não fazer nada.

DRIKKA INQUIT

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