domingo, 31 de dezembro de 2017

FALA AÍ BRASIL... ADRIANA MAYRINCK

Todo fim de ano, tudo se repete, tudo se faz igual, aonde quer que se esteja, ou aonde quer que se vá... por um lado o consumismo e excessos, gastronômicos, etílicos ou ilusões... do outro a alegria, a esperança, a confraternização dos mais solidários e fraternos que fazem dessa época um exercício de humanidade, e no meio disso tudo, a violência, a miséria, a dor... e a nós, que não somos tão egoístas e nem tão altruístas,  nos resta, observar o mundo lá fora com a serenidade que nos traz o aconchego da família.

Tempo daquela a correria de fim de ano como se fosse o final do mundo, da calmaria dos que tentam passar alheios a tudo isso, das solidões e afetos que não estão mais por perto, lembranças que trazem saudades, vivências que adiamos, projetos que idealizamos, esperanças que se renovam, silêncios  que preferimos guardar.

E a cada ano, fico mais distante desse momento restritivo de magia, consumismo e encantamento de Natal. Mas por que tudo tem que ser vivido, lembrado, perdoado ou justificado neste período? Pedir desculpas, sorrir, presentear, olhar para o próximo, questionar, se doar, agradecer, estar integralmente na vida, é todo dia.

Esse ano longe do meu país e do que vivi até aqui e ao mesmo tempo tão próxima de tudo que desejei e desejo, percebi, que em todos os lugares, é igual, todos nós somos exatamente iguais, e que estar ou ser feliz, independe de fatores externos ou condições propícias. É a nossa maneira de  viver as experiências que a vida nos apresenta, com suas perdas, dores, encontros, alegrias e vitórias, que dita e conduz ao nosso próximo sorriso, a magia e o encantamento que nos faz sonhar, a poesia que percebemos nos pequenos detalhes, a arte de acreditar e fazer acontecer, a harmonia consigo mesmo e a renovação da esperança, para ter fôlego para seguir adiante, apesar desse tempo nada fácil de ser vivido e sentido.

Prefiro relembrar alguns ensinamentos de um Homem que veio para dizer ao mundo que só poderemos encontrar a verdadeira harmonia se compreendermos que todos são iguais e que a receita simples é “ Ama a teu próximo, como a ti mesmo “ e “ Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem contigo”, é... por mais que tenhamos essa percepção, ainda precisaremos de algum tempo, para exercer essa prática na totalidade, mas como somos todos iguais, aonde quer que estejamos, prefiro acreditar que no próximo ano...

Feliz Ano Novo!

DRIKKA INQUIT


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